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Em 1943, a cidade de Varsóvia encontra-se sob a ocupação nazi. Irma Seidenman é uma jovem viúva judia com dois atributos preciosos: cabelo loiro e olhos azuis. São eles a delimitar a fronteira entre a sua vida e a sua morte. Com a ajuda de documentos falsos, consegue escapar ao gueto fazendo-se passar pela mulher de um oficial polaco, até ao dia em que é descoberta e entregue à Gestapo. Seguem-se trinta e seis horas de detenção e um resgate no limite do impossível, que chega quando os últimos judeus da cidade enfrentam a morte num cenário de terror apocalíptico.
Trágico, belo e profundo, A Bela Senhora Seidenman dá-nos a conhecer uma mulher e uma cidade num mundo em convulsão. Nas ruas de Varsóvia, personagens tão reais que parecem saltar das páginas repetem as rotinas possíveis por entre o caos e o violento desenrolar da História. As suas vozes acompanham-nos nesta caleidoscópica e inquietante viagem aos limites do amor, da abnegação e da crueldade.
Brilhante e oportuno, este romance foi internacionalmente aclamado pela crítica e pelo público aquando da sua publicação na década de 1980, e surge agora numa nova edição com introdução de Chimamanda Ngozi Adichie.