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Em 1879, após quatro anos no Brasil, Rafael Bordalo Pinheiro regressa de paquete a Portugal. Quando chega a Lisboa, ao fim de vinte dias de viagem, é obrigado a ficar em quarentena no Lazareto, um edifício em Porto Brandão, na margem sul do Tejo, que era isolado e se destinava a acolher e a desinfetar pessoas e objetos vindos de lugares ameaçados por epidemias ou doenças contagiosas.
Durante o período em que ali permaneceu devido ao perigo de propagação da febre amarela, tomou estes «apontamentos», publicados em 1881 sob o título «No Lazareto de Lisboa». Profusamente ilustrado com os seus desenhos, o opúsculo evoca peripécias vividas no Brasil, a viagem de barco, a sua Lisboa, e regista, com humor, os dias de penitência no edifício do Lazareto.