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Em Doze Nós numa Corda, Herberto encara a tradução como compreensão, adaptação, versão do original. Ao desconstruí-lo para depois traduzir e, por conseguinte, reconstruir, decifra-o na sensibilidade e no rigor que lhe são característicos, quebrando assim o mito da intradutibilidade da obra poética.
Um excerto de uma poesia de Carlos Edmundo de Ory, mudado para português por Herberto é demonstrativo: “Amo aquilo que arde/ o que voa e se abre/ o que enlouquece e cresce/ o que salta e se move/ aquilo que bebe os ventos/ e é música e contacto/ o que é vasto e é casto/ o que é milagre e perigo/ e se espreguiça e respira/ e viaja por capricho// Amo viajar descalço.”
1ª edição 1997
Peso: 285 g
Bom estado