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H. G. Wells revela todo o seu génio de romancista em Tono-Bungay (1909), presciente sátira social, bildungsroman dickensiano e, para muitos, a sua obra-prima.
As memórias de George Ponderevo — da juventude vitoriana à idade adulta na Londres industrial, acompanhando a meteórica ascensão do negócio de um elixir milagroso — são o pano de fundo para um comentário arrasador ao fosso do sistema de classes, à esterilidade da publicidade e aos logros do capitalismo, assente em «valores fictícios e tão evanescentes como o pote de ouro no fim do arco-íris».
Romance de enorme riqueza narrativa e fértil em personagens idiossincráticas, epopeia trágico-cómica do iridescente apogeu da bolha, Tono-Bungay é o tónico ideal para o deslumbramento dos nossos tempos.
Ainda tem o marcador original.