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Os quinze divertimentos que compõem este livro transportam-nos para um futuro cada vez mais impulsionado pelo estímulo frenético do progresso tecnológico e, por conseguinte, teatro de experiências inquietantes ou utópicas, nas quais operam máquinas extraordinárias e imprevisíveis. Porém, é simplista classificar estas páginas sob o rótulo da ficção científica. Nelas podemos encontrar sátira e poesia, nostalgia do passado e antecipação do futuro, epopeia e realidade quotidiana, perspetiva científica e atração pelo absurdo, amor pela ordem natural e gosto em subvertê-la com jogos combinatórios, humanismo e perversidade bem-educada.
O autor é um químico, e a sua profissão transparece no interesse que demonstra em saber como são feitas as coisas por dentro, em como estas se podem reconhecer e analisar. Contudo, é um químico que conhece tão bem as paixões humanas quanto a lei de ação das massas, e monta e desmonta os mecanismos secretos que governam a vaidade humana, piscando-nos o olho com as suas alegorias irónicas, com as moralidades sorridentes que nos propõe.
Este é um livro onde também encontraremos momentos inquietantes, nos quais os pesadelos do Lager regressam sob novas formas.