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Neste livro original e inteligente, um dos grandes filósofos do século XX responde afirmativamente a ambas as questões. Argumentando que há verdades objectivas acerca do que é valioso prévias a um compromisso teísta, Dworkin defende uma perspectiva filosófica a que chamou ateísmo religioso. Essas verdades fundamentais dizem respeito à vida de cada um dos seres humanos e à estrutura do Universo.
A descoberta de tais verdades, segundo Dworkin, não é apenas um resultado intelectual. É também, e sobretudo, um compromisso moral e emocional perante a importância de viver bem a vida e a beleza intrínseca do Universo. Respeitar e admirar as vidas dos outros, sejam elas célebres ou anónimas, e sentir-se maravilhado pela beleza e a inteligibilidade do Universo são experiências que unem teístas e ateístas, satisfazendo o impulso religioso fundamental dos seres humanos.
Pelo facto de serem comuns aos seres humanos, estas experiências justificam a esperança de que teístas e ateístas sejam parceiros nas suas ambições religiosas. Se o forem, conclui Dworkin, cumprir-se-á o ideal igualitário de independência ética.