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Ai Weiwei era ainda uma criança quando teve de se exilar, com a família, durante a Revolução Cultural. Foram várias as vezes em que a única coisa que tinha para ler eram as bandas desenhadas de propaganda política - e ficou espantado pela habilidade com que o artista exprimia ideias sobre arte e humanidade através de uma narrativa gráfica. Hoje, décadas depois, Ai Weiwei apresenta Zodíaco, as suas memórias em formato de novela gráfica.
Inspirando-se nos 12 signos do zodíaco chinês e as respetivas características humanas, o autor entrelaça o antigo folclore chinês em histórias da sua vida, família e carreira. A narrativa alterna entre passado, presente e futuro, emulando o funcionamento da nossa memória e a forma como nos relacionamos com o tempo.
Nas impressionantes ilustrações de Zodíaco, os leitores encontrarão não apenas a história pessoal de Ai Weiwei e uma análise do clima sociopolítico no qual desenvolve a sua atividade criativa, mas também uma exploração filosófica do que significa descobrirmo-nos através da arte e da liberdade de expressão.