Este livro está na lista de favoritos de 3 utilizadores.
«Estou perfeitamente convencido da minha falibilidade. […] Será que isto me conduzirá a algo? Não faço ideia.» Seja a Jung, em 1906, ou a Ferenczi, em 1911, Freud não esconde as suas interrogações acerca do que vai, no entanto, estar na origem de uma revolução sem precedentes, a Psicanálise. Freud considera-se, acima de tudo, um intuitivo, um defensor de um método empírico que não se coaduna com a teoria, da qual desconfia constantemente. Tê-lo-emos esquecido?
Compreender Freud oferece aos leitores um bilhete de entrada para o consultório de Freud, propondo-nos segui-lo nas suas descobertas, divagações e brilhantismo, dúvidas e contribuições, e reconstruindo a génese das suas descobertas mais importantes. Para tal, o autor explora a volumosa correspondência de Freud e os diversos escritos que testemunham as interrogações e intuições que desencadearam o nascimento da Psicanálise.
Através das grandes etapas do pensamento freudiano, este livro visa relembrar que a empresa iniciada por Freud não é nem rígida nem dogmática, uma vez que Freud cedo teve a certeza de que a condição absoluta para que cada paciente conquiste o seu espaço próprio e autónomo reside na postura do analista, que não deve ousar ter qualquer pretensão de poder ou de conhecimento sobre o outro. Tê-lo-emos também esquecido?