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Quando um lobo sabe que o seu tempo está a terminar e que já não é útil à sua alcateia, muitas vezes escolhe afastar-se. Morre assim afastado da sua família, do seu grupo, mantendo até ao fim todo o orgulho que lhe é próprio e mantendo-se fiel à sua natureza. Luke Warren passou a vida inteira a estudar lobos. Chegou inclusivamente a viver com lobos durante longos períodos. Em muitos sentidos, Luke compreende melhor as dinâmicas da alcateia do que as da sua própria família. A mulher, Georgie, desistiu finalmente da solidão em que viviam e deixou-o. O filho, Edward, de vinte e quatro anos, fugiu há seis, deixando para trás uma relação destroçada com o pai. Recebe então um telefonema alarmante: Luke ficou gravemente ferido num acidente de automóvel com Cara, a irmã mais nova de Edward. De repente, tudo muda: Edward tem de regressar a casa e enfrentar o pai que deixou aos dezoito anos. Ele e Cara têm de decidir juntos o destino do pai. Não há respostas fáceis, e as perguntas são muitas: que segredos esconderam Edward e Cara um do outro? Haverá razões ocultas para deixarem o pai morrer… ou viver? Qual seria a vontade de Luke? Como podem os filhos tomar uma decisão destas num contexto de culpa, sofrimento, ou ambos? E, sobretudo, terão esquecido aquilo que todo e qualquer lobo sabe e nunca esquece: cada membro da alcateia precisa dos outros, e às vezes a sobrevivência implica sacrifício. Lobo Solitário descreve de forma brilhante a dinâmica familiar: o amor, a proteção, a força que podem dar, mas também o preço a pagar por ela.