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Depois da América optimista de Walt Whitman — o grande bardo norte-americano do progresso e da democracia — optimismo que, na sua forma mais banalizada, se cristalizaria no conceito do american way of life, agravadas as contradições de uma sociedade que parecia não conhecer limites para a sua prosperidade, sobrevindas as crises que culminaram no estoiro financeiro do final dos anos 20, a literatura digna desse nome tornou-se partícipe e testemunha das profundas transformações por que estava a passar a colectividade norte-americana. Com o grande «patrão» Theodor Dreiser a iluminar os caminhos da literatura do social, a ficção que surge na década de 30 mostra uma decidida preferência pelo quotidiano, com seus dramas, vicissitudes, lutas. É nesta conjuntura que se revela e afirma, desde logo como escritor de largo fôlego, John Steinbeck. Incomparável paisagista — a natureza é quase uma personagem na sua obra — Steinbeck explora o que há de trágico nessa fundamental contradição em meio de uma natureza bela e generosa, ridente ou majestática, o homem, sacudiu por interesses contrários, presa da miséria, da angústia, mas lutando pela sua emancipação. Batalha Incerta é um alto exemplo dessa incessante luta.
Detalhes do livro:
Editora: Livros do Brasil; Colecção: Dois Mundos; Tradução: Fernanda Pinto Rodrigues; med.: 15 x 21,8 cm; 346 pg.