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Philippe Sollers começa o seu livro, escrevendo: «Julgamos saber quem é Casanova». Para logo a seguir acrescentar: «Enganamo-nos». À imagem convencional do aventureiro romanesco, o autor contrapõe a de um Casanova desconhecido, um Casanova de pensamento ágil e ousado e, acima de tudo, um Casanova escritor —«um dos maiores escritores do século XVIII». Sollers vê na adulteração das memórias de Casanova (só publicadas na sua versão correcta em 1993) o sintoma essencial da nossa «inveja». E não perdoa as descrições mais lineares do génio da personagem: «Fellini, numa nota particularmente infeliz, foi ao ponto de dizer que considerava Casanova estúpido. Deveria antes concebê-lo, enfim, tal como é: simples, directo, corajoso, culto, sedutor, louco. Um filósofo em acção». Muito mais do que uma biografia, este livro é um quase-romance em que Sollers viaja entre o tempo de Casanova e o nosso presente, seduzindo-nos com a alegria contagiante de um mestre da escrita – e da ironia.
Detalhes do livro:
Editora: Editorial Notícias, 1999; Tradução: Maria Irene Bigotte de Carvalho; Colecção: Outras Narrativas; med.: 15 x 23 cm; 190 pg.