Corações Piegas

« (...) este é um romance escrito para portugueses. Começa em 1970 e chega até aos nossos dias. Atravessa salazarismos, guerras ultramarinas, revoluções, PREC e cavaquismos. Um pano de fundo que, fugindo à caricatura, mostra os ridículas dos excessos, e o lado divertido da profunda mudança de mentalidades que a revolução também acarretou. Nasce daqui as primeiras das iluminações da memória — a nossa, de leitores. Tendo vivido muitos dos factos narrados, habitando ainda outros tantos e suas consequências, somos obrigados a recordar com um sorriso. Contra este cenário, e em função dele, decorre a história das histórias de vários amigos e companheiros de andanças: o Borges, que aspira a ser escritor, o Tino que se apaixona por urna voz apregoando voos no aeroporto e não consegue escapar à tropa; o Zézé, assim chamado pela gaguez que um susto bem pregado pelo MFA alivía; a Laurinha, que casará com o Borges enquanto vai arrasando outros corações; a Vera, quase fada, que Xavier, o hipotético narrador, encontra num eléctrico e segue até ao Mosteiro dos Jerónimos.» Helena Barbas in Expresso

Detalhes do livro:

Editora: Círculo de Leitores, 1998; med.: 13 x 20,2 cm; 275 pg.; (capa dura c/ sobrecapa)