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É moda dizer-se que uma obra artística só é válida quando universal (incluindo-se-lhe no conteúdo a intemporalidade). Fala-se aqui em Clifford Odets e numa das suas principais peças (se não a melhor, segundo certos críticos). Ao que me consta, raro ou nunca em Portugal se falou desenvolvidamente de Odets e, claro, jamais se representou. O autor é, pois, um desconhecido que nem chega a ser ilustre. Também se dirá que o esquecimento não é só nosso. Busque-se nas histórias de teatro mais divulgadas o seu nome e não se topará. Porquê? Dirão alguns dos que ainda o têm no ouvido que a razão está na tal falta de universalidade. Odets foi um autor tipicamente americano, muito enraizado. Mas o curioso é verificar-se o quanto de circunstancial tem a tal universalidade. De tal forma que, a nós, portugueses, este Odets de 1935 nos parecerá de uma actualidade espantosa. O teatro em Portugal é, como todos os ramos artísticos, uma actividade que nos vem chegando diariamente amputada. Assim, conhecemos um autor um bom par de anos após o seu aparecimento, e, quantas vezes, ficamos aguardando que outros nos cheguem.. do Prefácio.
Detalhes do livro:
Editora: Dom Quixote, 1965; Tradução: Orlando Neves; Colecção: Palco; med.: 11 x 19,5 cm; 139 pg. (com caixa própria)