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Que paixões ou que ideais movem o ser humano e o arrastam até à sua própria morte? Esta parece ser a pergunta que Carlos Fuentes faz a si próprio ao reflectir acerca da vida e da morte da actriz Diana Soren (Jean Seberg?): tão solitária como bela, tão forte como destrutível, de olhos profundos, que encerra na sua pessoa e no apaixonado episódio erotico que vive com um escritor mexicano (o próprio Fuentes?), os ideais de uma geração inteira, a dos anos sessenta, quando as ilusões da década ainda não tinham morrido.
Em Diana ou a Caçadora Solitária encontramos o retrato de um ser humano que viveu na sua própria carne a ambiguidade da era da qual finalmente acabou por ser vítima, simultaneamente com um reflexo do mundo intelectual de um México que despertava depois do genocídio do Vietname e dos homicídios massivos de sessenta e oito.
Como afirma o escritor mexicano Héctor Aguillar Camín: "Na busca franca, insaciável e snob da felicidade, os personagens de Diana encon-tram o paraíso dos amantes, que é a eternidade dos seus momentos, e o seu inferno rotineiro, que é a provisoriedade do seu amor eterno."
Detalhes do livro:
Editora: Dom Quixote, 1995; 240 pgs.
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