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Graciliano Ramos é, na literatura nacional, um desses raros ficcionistas que foram mestres em dois gêneros, de certa maneira tão opostos como o romance e o conto. S. Bernardo, Angústia, Caetés, situaram-no entre os maiores romancistas de toda a nossa história literária. Vidas Secas participa da técnica do conto e do romance e Insónia reúne, sem dúvida, alguns dos melhores contos já escritos em língua portuguesa.
Neste volume está englobada toda a obra de contista de Graciliano Ramos, incluindo algumas histórias indispensáveis a qualquer antologia de contos, como "Um Ladrão", "O relógio do Hospital" e "Dois Dedos".
O que caracteriza toda obra do mestre alagoano é, de um lado sua secura emotiva e, de outro lado, sua economia vocabular. Tais qualidades são ainda mais sensíveis em "Insônia", podendo-se dizer que cada um dos contos aqui reunidos constitui uma obra-prima de limpidez estilística e precisão psicológica. As peças aqui enfeixadas desdobram-se em problemáticas diversas, respirando várias ambiências, cada qual com a sua especificidade; tudo porém amalgamado pelas mãos de mestre de Graciliano que as une em bloco monolítico de análise de caráter, pesquisa de ação, descrição de lugares. Assim, nestas páginas terá o leitor uma válida amostra das constantes fundamentais do autor de "Memórias do Cárcere" que inscreveu seu nome nos quadros de nossa história artística como uma das mais singulares personalidades e um dos mais originais criadores.
Publicado pela primeira vez em 1947, Insônia reúne um conjunto de 13 contos do autor de Vidas Secas:
. Insônia
. Um ladrão
. O relógio do hospital
. Paulo; Luciana
. Minsk
. A prisão de J. Carmo Gomes
. Dois dedos
. A testemunha
. Ciúmes
. Um pobre-diabo
. Uma visita
. Silveira Pereira
Detalhes do livro:
Editora: Livraria Martins (Brasil), 1961; med.: 14 x 21 cm; 179 pgs.