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A literatura japonesa, tanto clássica como actual, é praticamente desconhecida dos Portugueses; uma sua característica, que vem desde as origens, é ser ela o fruto da assimilação e da adaptação pelo génio nacional nipónico dos contributos culturais provindos, sucessivamente, ao longo dos séculos, da Coreia, da China, da Índia e, por fim, do Ocidente.
Nos últimos trinta anos, o romance japonês, após ter atravessado um período de franca decadência — durante o qual os leitores preferiram as reedições ou adaptações em japonês moderno dos clássicos — conheceu um ressurgimento e, graças ao romance Kaé, ou As Duas Rivais, de Sawako Ariyoshi, conquistou mesmo fortemente os favores do público europeu.
A história centra-se em torno de Kaé que, como era outrora costume no Japão, desposou Umpei através de procuração por o marido se encontrar retido em Tóquio, onde prosseguia os seus estudos de Medicina; mau grado esta ausência, que irá durar três anos, Kaé vive feliz: ama e admira a sogra, a muito bela Otsugi, que lhe dedica uma grande afeição.
Tudo se altera, porém, com o regresso do jovem Umpei: Otsugi mostra-se brutalmente hostil e ciumenta para com aquela que se tornou a sua rival; quanto a Umpei, consagra o tempo à pesquisa de um forte anestesiante que permita operar o cancro do seio.
Após dez anos de experiências efectuadas com animais, julga, enfim, ter alcançado o seu objectivo; então, Otsugi e Kaé oferecem-se para fazer de cobaias humanas.
Mas qual das duas mulheres conseguirá ultrapassar a outra em sacrifício e abnegação e sair vencedora deste atroz combate pelo amor de um homem?
Nascida em 1931, Sawako Ariyoshi é a mais lida e prestigiosa das romancistas japonesas — cujo estilo alia a exaltação da sensibilidade humana e a elegância do espírito — sendo já a autora de vinte romances, cinco dos quais levados ao cinema.
Detalhes do livro:
Editora: Círculo de Leitores, 1983; Tradução: Liz Silva; med.: 12,8 x 20,5 cm; 220 pg. (capa dura c/ sobrecapa)