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Comédia romântica, «O Homem que fazia chover» deixa, pelo título, uma ideia muito diferente do seu real conteúdo e da sua intenção. Numa família tipicamente do Oeste americano há um pai compreensivo e bonacheirão, um filho mais novo ainda sem arcaboiço para responsabilidades, um filho mais velho, cioso da sua posição dentro da família por ser — como ele próprio afirma — a única pessoa com cabeça, e Lizzie, a filha, cheia de delicadezas e de inteligência, sentimental, terna, plena de amor pelos seus — tudo isto amalgamado e semi-escondido por um complexo derivado da sua desgraciosidade física, da sua aparente fealdade e falta de interesse e do seu ardente desejo de que o sonho em que o amor e a felicidade se alcançam venha ainda um dia a realizar-se.
E surge então o homem que fazia chover, personagem aliciante que funde a realidade dura com a apologia do sonho. Aventureiro que corre mundo a ludibriar as gentes e que, no fundo, semeia bondade, compreensão e ternura — eis Starbuck, o homem que desperta em Lizzie, a centelha íntima que a embeleza, lhe dá segurança e confiança em si mesma e, portanto, a transfigura e lhe realça a beleza escondida de que ela é rica e que até aí ignorara possuir. E, passada que é de sua vida a figura de Starbuck, Lizzie enceta com firmeza uma nova vida: aquela em que, finalmente, o sonho vem ao seu encontro revestido de realidade.
Detalhes do livro:
Editora: Civilização, 1968; Tradução: Maria Isabel Braga; Colecção: Cena Aberta; med.: 12,9 x 19 cm; 158 pg.