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«Papalagui — assim os Samoanos chamam aos brancos, e assim Erich Scheurmann chamou à crítica da civilização ocidental posta na boca do chefe samoano Tuiavii que registou um êxito editorial estrondoso. Seduzindo milhares de leitores, tornou-se um autêntico best-seller e livro de cabeceira de certa cena dita alternativa, sobretudo no seu país de origem. Publicado em 1920, na Alemanha, o livro encontrou os primeiros leitores num país ainda ávido de matar saudades do arquipélago de Samoa, cuja parte ocidental tinha sido uma colónia alemã antes de ficar sob a tutela da Nova Zelândia nesse mesmo ano de 1920, até adquirir a independência em 1962. (...) (...) o Papalagui não pode ser visto isoladamente. Insere-se numa tradição literária secular e numa mitologia de vigor excepcional: o sonho do paraíso terrestre. Este sonho fixa-se no século XVII nos mares do Sul que começam então a ser explorados sistematicamente. Tudo ali se procura, naquelas regiões longínquas do Pacífico: um clima feliz, uma natureza generosa onde sobrevive o 'bom selvagem' de Rousseau, inocente e nu, libertado das pressões do dia-a-dia e sem necessidade de trabalhar.»
Ellen Heinemann, in «Diário de Notícias», 1.1-1984
Sobre Joost Swarte (ilustrações):
Autor de banda desenhada, ultrapassa largamente esse campo. A sua marca inconfundível tem aparecido em capas de discos, pacotes de cigarros, cartazes, capas de revistas, livros infantis, etc.; é influenciado pela chamada linha clara e por Hergé, mas o seu estilo, muito próprio, passa por cima de todas as influências. Holandês, goza, contudo, do maior prestígio em toda a Europa.
Detalhes do livro:
Editora: Antígona, 1992; Tradução (do francês): Luiza Neto Jorge; med.: 17 x 24 cm; pgs.