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Neste livro — «imitação da infância» —, o autor utiliza um processo de imaginação e de narração talvez único na literatura brasileira de memórias infantis.
Os olhos inocentes do menino Leandro Tocantins estendem as suas indagações, em permanente vigília, a toda a paisagem da Amazónia e os episódios mais singelos da vida, graças à óptica de um espírito extremamente observador, ganham formas vigorosas através de uma prosa ágil, ondulante, empática, a que não falta um estilo muito próprio.
A Academia Brasileira de Letras concedeu a Os Olhos Inocentes o Prémio Osvaldo Orico, e a insigne escritora Rachel de Queiroz apreciou assim a obra na qualidade de relatora: «O autor nos oferece uma original história de sua infância, no Acre, abrindo-nos, através da recriação artística e de uma visão poética, o mundo a que ele pertenceu, e sabe agora expressá-lo com inteligência e pela beleza das imagens (...) revelando coisas e aspectos de um Brasil que estávamos longe de perceber.»
Detalhes do livro:
Editora: Livros do Brasil, 1999; Colecção: Livros do Brasil; med.: 14,3 x 21,1 cm; 186 pg.