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Diferentes indivíduos não se comportam de maneira idêntica, cada um reage de uma forma relativamente previsível a uma determinada situação, cada colectividade possui características relativamente estáveis — estes factos são comprovados na experiência comum, aquela que permite a cada homem uma adaptação tolerável à vida social. E constituem uma primeira delimitação, parcial e grosseira, do domínio da psicologia diferencial.
As tentativas realizadas para aplicar ao estudo destes factos um método científico deparam com dificuldades consideráveis. As diferenças são difíceis de analisar: o nível cultural, a forma de expressão, os interesses dos indivíduos, o tipo de raciocínio utilizado, surgem de certo modo associados. São mais difíceis ainda de explicar: a hereditariedade, o meio (e as suas características) actuam evidentemente como um todo. Um domínio difícil de fragmentar em temas de investigação limitados e dentro do qual é na maioria dos casos impossível uma modificação deliberada, com fins experimentais, das condições em que se produzem os fenómenos observados, não parece ser susceptível de se oferecer imediatamente ao método cientifico.
Estes factos difíceis de estudar aparecem por outro lado, em muitos casos, irritantes tanto para o homem comprometido na acção social como para o homem de ciência...
Detalhes do livro:
Editora: Estúdios Cor, 1972; Tradução: Maria José Miranda; Colecção: Ideias e Formas; med.: 12 x 18,7 cm; 234 pg.