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Este é um livro em que de repente todas as idealizações vão pelos ares. A qualidade maior do texto de Eduardo Jorge Brum, elegante e ágil, além de diluir a erudição a que normalmente anda agarrada a ficção, é a de ultrapassar o quadro do tom épico do conflito e das paixões entre o homem e a natureza. No final de Viviana o princípio das coisas, descobre-se que a história de Eduardo Jorge Brum é cândida e de uma pureza pungente. Até esse momento, trata-se de um exercício de ficção levado até ao extremo sobre tudo o que se passa num dia interminável em que o sol não se põe: as relações entre as personagens desenvolvem-se num despeito violentíssimo contra todos os seres humanos. O princípio das coisas ocorre quando uma mulher se transforma, se esquece de si própria e toma outro nome. São páginas cheias de poderosa magia, estas. Um livro de inegável grandeza e apuro.
Detalhes do livro:
Editora: Vega, 1983 (1ª ed.); Colecção Chão da Palavra; med.: 14,2 x 19,8 cm; 156 pg.