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Páginas: 160
SINOPSE
Numa véspera de feriado do verão de 2009, Angèle Lieby dá entrada nas urgências do hospital de Estrasburgo com uma enxaqueca muito intensa. Angèle é uma mulher forte e com grande resistência à dor, mas esta enxaqueca é diferente de tudo o que alguma vez sentiu. Enquanto está a ser vista pelo médico, começa a sentir-se cada vez pior e a ter dificuldade em exprimir-se; finalmente, perde os sentidos. Dado o agravamento do seu estado, os médicos decidem induzi-la num coma artificial para a poderem entubar. Os dias sucedem-se e Angèle não desperta nem dá o mínimo sinal de vida. Contudo, e sem que ninguém ao seu redor se aperceba disso, Angèle está mergulhada num inferno vivo: encontra-se completamente desperta e tem plena consciência de tudo o que se passa à sua volta; está presa dentro de um corpo totalmente paralisado. Os médicos e enfermeiras que cuidam dela começam rapidamente a tratá-la como se estivesse, de facto, morta; referem-se a Angèle pelo seu número de processo. Os médicos, incapazes de a despertar ou de reconhecer qualquer sinal de esperança, começam a aconselhar a família a «desligar as máquinas» Depois de mais de uma semana neste sofrimento, dá-se um milagre. No dia 25 de julho, o dia do seu aniversário de casamento, a filha repara que do olho de Angèle surge uma lágrima. Apesar de o pessoal médico afirmar que isso é impossível, é desde esse momento que Angèle começa, muito lentamente, a recuperar. Tem assim início um processo intenso de fisioterapia e recuperação. Hoje em dia, Angèle está de perfeita saúde e dedica o seu tempo a participar em conferências médicas e a advogar os direitos dos pacientes e um cuidado médico mais atento e centrado nas necessidades de quem sofre