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Com este livro, Margaret Atwood, considerada a maior escritora canadiana da actualidade, viria a ganhar o maior prémio das letras de língua inglesa, o Booker Prize 2000.
É um romance amargo, entretecido de várias histórias, onde o envelhecimento, sobretudo o envelhecimento feminino, muitas vezes causador de angústia, é tema fulcral.
Laura Chase suicidou-se aos 25 anos, no dia em que terminava a Segunda Guerra Mundial, e deixou à sua irmã mais velha, Iris, cinco cadernos escolares que ambas haviam usado em crianças. Já afastada da família, Laura utilizara as páginas que estavam em branco para escrever o relato de uma aventura amorosa. Embora o parceiro dessa aventura não apareça identificado, Iris supõe que seja um amigo de adolescência, por quem as duas irmãs rivalizaram. O amante conta a Laura histórias fantásticas, que inventa para serem publicadas em revistas de cordel. Uma dessas histórias, passada no futuro, num país extraterrestre, tem precisamente por título "O Assassino Cego".
Iris pega nestes relatos e publica-os, como um romance póstumo da irmã. O êxito do livro é enorme e os leitores começam a fazer peregrinações ao túmulo de Laura, que enchem de crisântemos brancos. Iris não gosta destas homenagens e começa a vir ao de cima a inveja, a rivalidade, mesmo o ódio, já antigos (embora sempre disfarçados) que tinha para com a irmã.
" "O Assassino Cego" merece ser lido, fruído e meditado na sua função de "teatro da crueldade", um exercício adequado a este nosso tempo."
Regina Louro, Público, suplemento "Mil Folhas"
Marcas de uso e ligeiramente amarelado
Não afeta a leitura
Estrutura muito boa
Possibilidade de pagamento por mbway