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Segundo romance de Manoela, Suíte Dama da Noite é radicalmente diverso de sua estreia. Se em Nuvens de Magalhães o que sustentava o conjunto era uma linguagem barroca e suntuosa, aqui a autora se contém, substitui o fluxo e o caudal da obra anterior por uma prosa mais consciente, refletida, concisa, em que, justamente, por mais raros, os momentos poéticos brilham com mais força…
CRÍTICAS
«Se Leon havia se extinguido, por que remexer a lama toda?” poderia ser a frase inaugural deste livro. Poderia ainda ser uma falsa oração de Júlia Capovilla em busca de si mesma e da existência. Este livro é sobre (e com) a vida de Júlia: a pessoa, o nome, a vitalidade, a estória.
Confissão e vivência, redemoinho e salvação – este poderia ser o curto resumo de Suíte Dama da Noite. Entre celeste e infernal, esta mulher mente tão profundamente que se crê imune à mentira.
Mas uma corda a ata ao mundo real: um nome: uma palavra: amor. Ainda que não ache “graça em brincar de amores que não fossem clandestinos”. Afinal, quase todo mundo pode ser acusado de ter/ser uma vida assim. Entre laços habituais, humanos: uma mãe ausente, um pai doente, uma tia cuidadosa, um amante onipresente mas inacessível. “Como justificar o fato de que suas plantas não sobreviviam mais do que poucas semanas?” E se os amores e os laços com a vida obedecessem à mesma triste regra? E “por que razão jogava-se com tanta frequência contra a espada se durante o corte se arrependia?”
Júlia prossegue a hercúlea missão de entender e de combater a vulgaridade dos dias. A mentira é a sua arma aperfeiçoada, certeira, contra o inanimado casamento e o gigantesco vulto do amante.
Pontuada com ritmos externos, a narrativa enfoca sobretudo o plano interno. Até que Júlia, aos poucos, se abre em confissão: “Vi a primeira flor da estação cair de uma paineira: seda rosa deslizando lassa, quase pudica. Árvore por árvore, vi o Outono lentamente despir até o amanhecer.” (…)
Manoela Sawitzki inscreve assim, na literatura contemporânea brasileira, um poderoso retrato das querenças, relações e contradições humanas, partindo do olho de um oculto furacão chamado Júlia Capovilla.»
ONDJAKI, badana da edição da Record de Suíte Dama da noite.
"Quando terminei de ler Suíte Dama da Noite, ainda podia ouvir o som da minha própria voz a repetir o nome da protagonista: Júlia Capovilla, Júlia Capovilla, Júlia Capovilla. É que Manoela Sawitzki constrói personagens de uma forma rara nos dias de hoje; dá-lhes tanta vida que eles extrapolam o livro e vêm habitar nosso mundo real.
O romance conta a história de uma menina que “não achava graça em brincar de amores que não fossem clandestinos”. Júlia vive num mundo de mentiras, que ela mesma inventa, como forma de dar poesia à vida, de suportar suas dores, que não são poucas: a perda da mãe, o pai que sofreu um derrame, a avó louca. Mas Júlia vai além de inventar: ela acredita em suas próprias mentiras, como o escritor na ficção. E é assim que passa a vida esperando por Leon, o homem que escolheu para si. Mesmo depois de casada com Klaus, mesmo quando Leon se torna seu amante, Júlia nunca deixa de esperar: como se sem a espera o amor não fosse possível.
Nesse seu segundo romance Manoela nos leva a uma viagem de fantasias através de uma prosa impactante, sedutora e segura daquilo que faz."
Tatiana Salem Levy, badana da edição da Cotovia de Suíte Dama da noite
CRÍTICAS DE IMPRENSA
« [...] uma história sofrida e belíssima.»
Pedro Mexia, Público
Marcas de uso na capa
Dobra num canto
Não afeta a leitura
Possibilidade de pagamento por mbway