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A publicação do romance “O Último Justo” deu lugar à atribuição do Prémio Goncourt, o mais alto e disputado galardão literário da França, a um jovem de trinta e um anos, de família judaica, de formação operária, que antes de ter sido estudante na Sorbonne fora ajustador, André-Schwarz-Bart, nasceu em Metz em 1923. Entrou na Resistência e em 1943 foi preso. Evadiu-se e integrou um “maquis”. Alistou-se depois no Exército e participou na campanha de 1944-1945. Pertence a uma família judaica de origem polaca, o que explica a vocação profunda, a angústia dilacerante, a dramática perplexidade que no romance “O Último Justo” se nos pantenteia. Livro estranho – entre a crónica e a epopeia; libro perturbador – entre a ficação e o panfleto, livro gritante de revolta e pleno de um sentimento íntimo e invencível de religiosidade, este romance ficará na Literatura Francesa como uma das obras mais bela, mais fortes e mais puras coroadas pelo Prémio Goncourt.