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Um dos romances mais célebres sobre a ocupação portuguesa em Moçambique, este livro questiona com ironia todas as verdades absolutas fixadas pelos discursos oficiais. Lídia Jorge desconstrói e anula tanto as versões que se teceram sobre este importante momento da história de Portugal quanto a própria língua; subverte palavras, e com um poderoso sentido poético desvia-se da narração para criar formas e quadros compostos de sugestões e traços inventados.
Publicado originalmente em 1988, o livro é fruto da experiência da autora na África e, particularmente, dos três anos em Moçambique, refletindo a luta colonial segundo suas recordações. Mas o fio condutor da trama é a história de amor entre Eva Lopo e o salazarista Luís Alex. Um brilhante estudante de matemática lisboeta que a ditadura transformaria num soldado sedento de sangue, a quem Eva trairia, decepcionada, com um jornalista mulato.
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(Luis Santos / LuisXXI)