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“Desta vez o actor não se disfarça. Não faz uso de batons, nem de narizes de cêra, nem de cabeleiras postiças, — no último caso com manifesto prejuizo de Victor Manuel que, por certo, não deve gostar da graça. Desta vez mostra-se tal qual é, sem por isso deixar de distrair o leitor, como faria se para êle representasse. (...) José David quiz fazer a sua apresentação, como poeta, com cem quadras daquelas que o povo gosta, simples, despretenciosas e correntias, como águas de levada entre pâmtanos de devesa.(...) Quadras Malucas, eis o título que José David deu ao seu livro. Por mim, desde já lhe vaticino que se continua a escrever maluqueiras semelhantes ainda acabam por lhe chamar um homem com juizo.” — Do prefácio de Silva Tavares.
“Quis pôr a musa pateta/ e encontrei mau resultado!/ Pois fez de mim um poeta/ de versos de pé quebrado!” ou “Andei pêgas a caçar./ Levei duas p’ra uma bôda,/ Minha mulher foi espreitar.../ Espantou a caça tôda!”
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(Luis Santos / LuisXXI)