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Obra emblemática do século XIX, que ilustra de forma impressionante o espírito dos finais do século XVII puritano, A Casa das Sete Empenas apresenta-nos uma acção onde a hipocrisia, a bruxaria, o crime e a traição são os elementos fundamentais, fazendo o autor coincidir a história da família com a história nacional. Neste texto, Hawthorne conta-nos a maldição lançada, segundo a lenda, sobre a sua família. De factos, nos finais do século XVII um antepassado seu, juiz dos infames julgamentos durante a caça às bruxas, é amaldiçoado, bem como os seus descendentes, por uma das suas vítimas judiciais. É esta maldição que ecoará no destino dos Pyncheon em A Casa as Sete Empenas. Em meados do século XIX, o juiz Jaffrey Pyncheon de Salem, Massachusetts, está decidido a encontrar a escritura da propriedade pertencente ao seu tio rico, aparentemente assassinado pelo seu primo Clifford. As maquinações deste último e o seu reflexo sobre toda a família, aliados às consequências de crimes antigos que voltam para ensombrar a acção, são assuntos de um tema que surgira já em A Letra Escarlate, tratados aqui de um ponto de vista mais cómico. Ao apresentar-nos as últimas gerações de uma família decadente da Nova Inglaterra, Hawthorne mostra-nos a sua habilidade para criar personagens bizarras, extravagantes e grotescas, dando simultaneamente largas à ironia e ao gosto pelas histórias de amor.