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“Muitos livros nos falam do Deus que desceu à terra. Quereria falar-te desse Deus... e desta terra, do homem, da sua luta pela vida... Quero-te falar, numa palavra, das virtudes humanas”. Quando Nietzsche clamava contra o espírito do cristianismo, verberava uma deformação crônica na vida de muitos cristãos que, sentindo-se estranhos na terra dos homens, haviam esquecido que as virtudes do caráter são o fundamento e a raiz de uma séria vida cristã. Para muitos, ser cristão equivaleria a ser um “pobre homem”. Espírito varonil, coragem, lealdade, espírito de trabalho, veracidade, otimismo e alegria, respeito à palavra – eis alguns dos rasgos fundamentais do verdadeiro perfil humano do cristão, que ao longo desta obra são comentados com palavras vibrantes, numa sucessão caleidoscópica. Livro que dificilmente se poderá ler por partes, seu estilo tem o ardor dos antigos profetas, a urgência do último apelo, a impiedade do bisturi que salva. Por isso exige do leitor uma atitude paralela de inquietação e rebeldia: “És tu dos homens que se conformam com a vida vulgar e insípida dos outros mortais? És tu dos que seguem o ritmo dolente e monótono da maioria dos homens, esse passo sempre lento dos tíbios, dos aburguesados? Então, perdoa-me que te advirta com rude lealdade, não leias este livro... Nada encontrarás nele que satisfaça a tua vida horizontal. Estas páginas não são para ti”. O valor divino do humano é uma obra que se afasta do roteiro normal das obras de literatura cristã. E com isso presta um serviço de valor inestimável.