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Fui dar uma volta sozinha pelo gueto e entrei num bar, só de negros, claro, e que me olharam espantados, mas sem hostilidade. Ao balcão, um negro grande, todo tatuado, vestido com uma t-shirt com a bandeira americana, servia as bebidas. Pedi uma cerveja, ele perguntou-me de onde é que eu vinha, disse-lhe qual era o meu país, explicando que ficava na Europa, perto de Espanha.
À sua pergunta, do que é que eu achava dos EUA, respondi, ingenuamente, que me surpreendia a grande pobreza, não esperava encontrá-la. Aí, ele ficou zangado e gritou We are the richest and powerful country in the world. Percebi que tinha cometido um erro e que tinha de ter mais cuidado com a expressão livre das minhas opiniões se não queria ofender os meus interlocutores, sobretudo no que diz respeito ao seu exacerbado nacionalismo…"
Este livro dá-nos um retrato da Filadélfia vivida pela autora no início dos anos 1980, na sequência das reformas neo-liberais de Ronald Reagan. É nessa altura uma cidade em decomposição, assolada por drogas, lutas de gangs, corrupção e violência das tensões raciais. Já no século XXI, observa-se uma regeneração da cidade, em parte graças à arte urbana, susceptível de transformar a vida das pessoas, dos bairros e até das cidades. Tal como nos diz Jane Golden, a dinamizadora do programa Mural Arts Program, Art saves life.
Entrego em mão por 4€