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Como reage um médico quando descobre estar gravemente doente? A que se agarra um cético homem da ciência quando se vê às portas da morte?
«Não é muito frequente um médico escrever sobre a sua própria doença. Muito menos vivendo-a por dentro, sofrendo-a intensamente passo a passo e, finalmente, vencendo-a em circunstâncias heroicas. É emocionante.
Este subtítulo [O Impressionante e Inspirador Testemunho de um Doente Oncológico, mas Médico] não consegue, por si só, dizer nada do que a leitura vai despertando ao virar de cada página em vertiginosa sucessão de sentimentos, solidariedades e estímulos.
Neste impressionante testemunho de vida vivida nas suas expressões mais violentas, o Doutor Mota Carmo, figura de relevo na galeria cimeira dos melhores cardiologistas, médico de raro prestígio e professor universitário das ciências da vida na saúde e na doença, ensina-nos, nessa cátedra e cartilha que é a experiência pessoal, a ressituar a hierarquia dos valores e o sentido mais profundo e positivo da própria vida.
Este testemunho saído da mais genuína verdade interior acentua bem o lugar e importância do sobrenatural, divino ou paranormal, em todo este processo e em todas as vidas, interpretando-o como o único e mesmo Deus.
Este livro é um autêntico e justíssimo hino de louvor ao Serviço Nacional de Saúde português e à competência e generosidade dos seus agentes. Só por esta atitude de justiça e reparação o livro já merecia ser escrito e lido. Bem-haja quem o escreveu. Feliz quem o souber ler.»
Do prefácio de Vítor Melícias
«Nós, médicos, somos invencíveis. Formamos uma classe que se tem como superior e acima de tudo e, por vezes, de todos. Mas a realidade é bem diferente. A minha experiência "do outro lado" foi impressionante em termos de sofrimento, mas também de relações humanas. Uma viragem na perspetiva que tinha do mundo, das relações pessoais e profissionais. Um reacreditar de que existe algo superior que nos ajuda nos momentos de desespero. Uma abertura a terapêuticas não clássicas passando pelas mais sobrenaturais. Uma sedimentação forte das relações familiares e com alguns amigos.
Há seres humanos extraordinários. Os enfermeiros são disso exemplo. Mudei a minha opinião, a minha visão acerca daquela classe de profissionais, e só posso dizer muito obrigado. Graças a eles, estou vivo.
Hoje, vejo tudo de uma forma diferente. Não vale a pena andar preocupado com coisas de lana caprina. São tudo elementos menores. Não vale a pena perder tempo com pessoas negativas. Recuso a negatividade. O que me interessa exaltar é a saúde, o Serviço Nacional de Saúde e as relações interpessoais. A riqueza de poder comunicar com pessoas que veem sempre o lado positivo, mesmo nos momentos mais atrozes, é sublime. Aprendi isso.
De facto, temos de ver o lado bom em tudo o que parece mau. Há sempre quem, seguramente, esteja pior.
Renasci. Tenho agora cinco anos. Tenho confiança no meu futuro e acho que matei a causa da minha doença. O dia de amanhã será promissor e florescente.»