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Livro muito raro com 184 páginas e em bom estado de conservação.
«Cidade e Muceque» um livro de Reis Ventura
Angola - Pela escrita de um dos maiores defensores desta antiga província ultramarina
Apresentando sete contos – O Homem das Sete Caras, Um Negócio bem Montado, Gente do Subúrbio, A Estalagem do Leão, O Cadillac, O Velho Bernardo, Tschimolonga, Carabina de Precisão e Olhos Assustados, este volume retoma ficcionalmente a temática dos trágicos acontecimentos de 1961 que o autor já havia tratado em Sangue no Capim (1962).
Esta abordagem é, aliás, explicitada nos textos que compõem as badanas, onde fica também evidente o compromisso ideológico do autor, a sua defesa do regime, e o orgulho perante a dinâmica civilizacional portuguesa implementada em Angola, como se constata nas seguintes passagens:
«A Luanda destes contos é a da década de sessenta, que já vai no meio milhão de habitantes, e já ergue prédios com mais de vinte andares, e já nos mostra um tráfego automóvel semelhante ao de Lisboa ou Porto, e já por vezes reúne, na placa de estacionamento do seu aeroporto, quatro ou cinco grandes jatos intercontinentais. Esta é a Luanda de hoje, toda ela uma orgulhosa resposta ao desafio do terrorismo.
Por isso mesmo, insensivelmente, sem um plano preconcebido nem uma prévia seleção de assuntos, todos os contos deste livro, menos um, são direta ou indiretamente relacionados com os acontecimentos e consequências da agressão cometida contra Angola.»
Apesar de tudo, Reis Ventura não deixa de manifestar ainda uma certa preocupação humanitária e de preconizar uma particular ideia de convívio e irmandade antiracista, particularmente no conto Olhos Assustados, onde se evocam alguns contornos das chacinas de 1961 e a variante de um episódio já narrado em Sangue no Capim.
Já nos contos O Velho Bernardo e Tschimolonga surgem retratos da aculturação dos autóctones de raça negra, que se assumem como contraponto aos denominados matumbos, por um lado, e, por outro, aos terroristas.