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O Tratado da Felicidade é uma das disputas que integra o Comentário à Ética de Aristóteles (1593). Discutindo a essência ou a natureza da felicidade, num quadro naturalmente aristotélico, e identificando-a com o bem supremo do Homem, o autor integra-a numa ética filosófica também aberta à teologia, em particular mercê de um 'diálogo' com o pensamento de Tomás de Aquino. No entanto, plenamente inserida no seu tempo, esta ética de Coimbra discutirá com o neo-estoicismo, o neo-epicurismo e com o luteranismo. Dinheiro, poder, glória e honra são algumas das condições discutidas no que toca à busca da felicidade, chegando a preferir-se uma teoria racional sobre a contemplação, entendida como aquilo que torna o Homem mais humano, no quadro do que se poderia denominar uma 'metafísica das bem-aventuranças'. Além da tradução do Tratado o presente volume apresenta em apêndice um estudo que procura integrar o tema da felicidade no quadro mais vasto da proposta ética apresentada aos jovens estudantes europeus do século XVI.