O atentado

Primeiro houve O Espião que Saiu do Frio, talvez o livro de espionagem mais emblemático da guerra fria. Veio depois O Espião Perfeito, uma história típica da fase de desorientação em que ninguém sabia quem eram os novos adversários. Agora chega O Atentado. O livro de espionagem que assinala a entrada na era do terrorismo internacional. Sabe-se como, nos últimos tempos, a realidade tem por vezes excedido a imaginação. Acontece que, em vários aspectos, esta obra de imaginação excedeu ou pelo menos precedeu a realidade.O chefe máximo da segurança interna dos EUA é assassinado no aeroporto de Heathrow, Um funcionário paquistanês, do mesmo aeroporto, e a mulher são encontrados mortos em casa, Em Nova Iorque, um famoso médico osteopata recebe dois postais do Empire State Building, um vindo da Turquia, outro do Irão, Um grupo de trabalhadores, que saía do Afeganistão com destino aos EUA, é brutalmente morto a tiro na fronteira da Macedónia.Estas são algumas das razões que fazem de O Atentado não apenas mais um livro, mas a obra que nos revela, como se nós mesmos participássemos na acção, as facetas mais sombrias da chamada guerra contra o terrorismo.Mais do que um romance, o que este livro nos traz é uma antevisão dos tempos que nos esperam. E é por isso que Henry Porter, o seu autor, é já hoje reconhecido como o John Le Carré do século XXI.