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(Conto)
o passeio sob candeeiros iluminados, caminhávamos não pelas ruas novas para o nosso olhar, mas, no fundo, pelas interrogações que o amanhã nos apresentava, a chuva miudinha não se esquecia de nós, conferia às coisas uma imaterialidade de sonho, parecia que não pisávamos o chão do mundo, quase como se pairássemos sobre as coisas, apenas o frio líquido no rosto nos devolvia à nossa circunstância, um vulto ou outro, com o familiar guarda-chuva, protector de almas, sobre a cabeça, cruzava-se connosco na irrealidade daquele cenário nocturno, com pontos luminosos difusos e contorcidos pela cortina de água…