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Caracas, Venezuela. Num país que era, antes da crise, a terra dos sonhos, da beleza e da prosperidade e que está agora esgacado pela corrupção, pela criminalidade e pela repressão, Adelaida procura apenas sobreviver.
A sua mãe, professora, grande companheira de toda a vida, acaba de morrer.
Adelaida, trinta e oito anos, fica sem nada, sem ninguém, à deriva numa cidade onde tudo falta, menos a violência e a extorsão.
Poucos dias depois do funeral, Adelaida encontra a sua casa ocupada por um grupo de mulheres às ordens do regime. Decide procurar refúgio na casa da vizinha, mas, quando bate à porta, só recebe silêncio. Aurora Peralta, a quem todos chamam << a filha da espanhola >>, está morta no chão da sala. Em cima da mesa, uma carta a informá-la da concessão do passaporte espanhol: um salvo-conduto para fugir do inferno.
Para sobreviver, Adelaida terá de deixar de ser quem é.