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Estamos na ilha de Chipre e corre o ano de 1974. Dois adolescentes, de dois lados opostos de uma terra dividida, encontram-se numa taverna. Aquele lugar, na cidade a que chamam casa, é o único em que Kostas, grego e cristão, e Defin, turca e muçulmana, se podem encontrar secretamente e esquecer, por breves instantes, os problemas do mundo lá fora.
Naquele refúgio, bem ao centro, despontando por entre as telhas, cresce uma figueira. É ela que testemunha tudo: os silêncios e as confissões; a felicidade dos encontros e a melancolia das partidas; o início da guerra civil e a destruição da cidade - e a separação de Kostas e Defne.
Passam vários anos. Estamos em Londres. Ada nunca conheceu a ilha onde nasceram os seus pais e tem muitas perguntas sem resposta. A história da família está envolta em segredos, palavras proibidas e ruturas. A única coisa que a liga à terra da mãe e do pai é a Ficus carica que cresce no jardim de sua casa.
Está história de amor proibido, num cenário de raiva e violência que tudo quer destruir à sua volta, mas é também a história que dá voz às gerações passadas, tantas vezes silenciadas pelos conflitos. Profundamente humanas, plenas de falhas, dúvidas, generosidade e contradições, as personagens de Elif Shafak emergem de uma escrita arrebatadora, numa mistura de sonhos, dor, imaginação e amor.