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Sinopse
Uma noite ninguém dorme, e durante a meia-noite a as cinco da manhã, as pessoas sonham acordadas no sono: contam e inventam as suas vidas e as suas histórias, ou as histórias em que transformam as suas vidas, ou as vidas que transformaram em histórias.
Podem ser vidas cruéis, de medo, de uma cicatriz interior, de algo que talvez fosse o Estado português de outros tempos.
Podem ser vidas de amores passados, de lápides varridas, de um desejo de uma vida inteira, de se poder ser feliz sem pensar.
Nestas histórias, nestes silêncios destas falas, nos risos e nas traições, vamos identificando a noite de um país, a noite cheia de vozes de todos nós, e a noite silenciosa que é o isolamento de cada um.
Como diz o autor - "porque aquilo que escrevo poder ler-se no escuro".
Críticas de imprensa
"É o fim de uma noite de insónia que vai longa e começou com quatro personagens a tentar adormecer à mesma hora em lugares diferentes. Lisboa, Évora, Estremoz, Portalegre... Estão sozinhas com as suas memórias e inquietações numa vigília que se vai tornando mais delirante, por vezes quase demencial, à medida que a madrugada avança. Da meia noite às cinco da manhã uma mulher que perdeu uma filha, outra mulher que nunca teve filhos, um ex-polícia do antigamente e um ainda mais antigo proprietário rural vão desfiando as suas vidas numa catadupa de lembranças que não passa por qualquer filtro. E o único fio condutor dessa narrativa - que são, afinal, várias, fragmentadas - , é feito das imagens e das vozes (a dos que já morreram e a dos vivos) que surgem como flashes na desordem da insónia. A memória na sua cadência onde todos os tempos se misturam para contar o tempo de um país."
Isabel Lucas, Diário de Notícias