Sê o primeiro a adicionar este livro aos favoritos!
«Saga Lusa [...] é pessoal no mais íntimo da sua trama e por isso mesmo roça de muito perto o eu mais íntimo do leitor. Em Saga Lusa o eu ali descrito é posto como corpo e como mente. O eu ali é corporal. E, no entanto, o texto é simples como qualquer narrativa verdadeira (isto é, sincera) de uma experiência vivida, na sua pura singularidade. Escrevendo em seu laptop talismã, Adriana conseguiu, com este recurso, produzir o único antídoto que lhe foi possível contra o veneno não só dos fármacos, mas principalmente dos mal-entendidos que o senso comum engendra. Ainda mais quando se trata de uma mesma língua falada por dois países diferentes. Há um dito atribuído a Bernard Shaw, segundo o qual entre americanos e ingleses há tudo em comum, menos a língua. Adriana produziu um texto 'remédio' para trazê-la de volta para o lugar frágil e ténue, onde todos nos encontramos quando nos sentimos 'sãos'. Pode-se dizer que em alguns momentos da vida nos encontramos numa espécie de 'farmácia', na qual se torna difícil, e às vezes impossível, separar o remédio do veneno. O verdadeiro e o falso. O crédito da palavra e a palavra desacreditada. Saga Lusa parece ser para Adriana, sua autora, e o seu possível leitor, uma inequívoca alternativa para a solução desse problema. O remédio, o veneno e seu antídoto.»
Luiz Tenório Oliveira Lima