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Família. Honra. Terra. Estas eram as três únicas justificativas para uma mulher brasileira viver no século 19. Maria Moura tinha apenas 17 anos quando perdeu, uma a uma, as razões de sua existência. Primeiro, encontrou sua mãe morta. Depois, foi seduzida pelo padrasto e provável assassino da mãe. Finalmente, teve a posse de suas terras ameaçada por primos gananciosos. Se Maria Moura fosse uma mulher comum, sua vida teria terminado. Porém, ela não gostava de tragédias. Pelo contrário, amava tanto a vida que foi capaz de transformá-la em uma grande aventura, rompendo as regras da sua época.
Mesmo diante da desgraça, Maria Moura se recusou a aceitar o papel submisso reservado à mulher na sociedade patriarcal e opressora da época. Ela passou, então, a fazer o jogo violento dos homens, nem sempre sendo perfeita, nem sempre estando do lado certo. Maria Moura enfrenta uma jornada até a Serra dos Padres para repelir a invasão do seu sítio pelos seus primos inescrupulosas Tonho, Irineu e Firma. Entre os homens que encontra pelo caminho e que se juntam ao seu bando, está o galante Cirino, por quem ela se apaixona, mas que mais tarde descobre ser um mau-caráter e traidor.
Outro agregado ao bando é o Padre José Maria, que pecou contra a castidade e passava por um processo de culpa. Deixando-se seduzir por Bela, uma mulher casada, o padre viveu uma intensa história de amor que terminou em tragédia. Grávida dele, Bela foi assassinada pelo marido, Anacleto. Para fugir do próprio destino, José Maria foi buscar abrigo na fortaleza de Maria Moura e acabou integrado a seu bando. Em outra trama, Marialva, prima e herdeira de Maria Moura, encontra ao lado do artista de circo Valentim uma possibilidade de escapar do duro convívio com os irmãos Tonho, Irineu e Firma.