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Trata-se de uma das mais antigas comédias de Plauto, provavelmente de 205 a.C., quando Roma, que na altura estava na fase final da 2ª guerra com Cartago, se impunha como potência no Mediterrâneo, embora não dominasse ainda a Grécia e o Oriente, o que veio a acontecer nas décadas seguintes.
Sinopse
A trama desenrola-se à volta de uma armadilha lançada a um soldado de Éfeso (Pirgopolinices), para recuperar uma jovem cortesã (Filocomásio) que ele raptara de Atenas, separando-a assim do seu amante, um jovem ateniense (Plêusicles). O arquiteto da cilada é, como habitualmente em Plauto, o escravo espertalhão (Palestrião), o verdadeiro rei da comédia. O engodo são as fraquezas do soldado: a sua gabarolice e propensão para crer na lisonja. Nesta personagem tipo de Plauto está patente a sátira a um estereótipo com muitos sucedâneos na literatura e na nossa sociedade: o indivíduo arrogante, que sob a jactância esconde as inseguranças, abusa dos mais fracos e se apoia num discurso onde superabunda a primeira pessoa do singular. No final feliz, os vícios são castigados, as pessoas são poupadas: o soldado redime-se e os enamorados reencontram-se.
A peça baseia-se num modelo grego – Alazon –, como diz Palestrião no prólogo. Trata-se de uma das mais antigas comédias de Plauto, provavelmente de 205 a.C., quando Roma, que na altura estava na fase final da 2ª guerra com Cartago, se impunha como potência no Mediterrâneo, embora não dominasse ainda a Grécia e o Oriente, o que veio a acontecer nas décadas seguintes.