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Mário Ventura Henriques (n. Lisboa 24 de Maio de 1936 - Lisboa 16 de Junho de 2006) foi um jornalista e escritor
Mário Ventura trabalhou como jornalista nos jornais Diário Popular, Diário de Notícias, Seara Nova, foi o fundador do semanário Jornal Extra e chefiou a agência noticiosa Europa Press. Juntamente com José Saramago (Prémio Nobel de Literatura, 1998), Armindo Magalhães, Luís Francisco Rebello, Manuel da Fonseca e Urbano Tavares Rodrigues foi, em 1992, um dos fundadores da Frente Nacional para a Defesa da Cultura (FNDC).
Mário Ventura era um homem multifacetado que, além do empenho que sempre demonstrou à frente do festival, dedicou vários anos ao trabalho jornalístico em Portugal e Espanha e foi autor de uma obra literária com mais de 15 volumes, que inclui contos, romances, álbuns e livros de memórias.
No plano literário, fez a sua estreia com A Noite da Vergonha, publicado em 1963, seguindo-se À Sombra das Árvores Mortas (1966) e O Despojo dos Insensatos (1968).
Reuniu depois, nos volumes Alentejo Desencantado (1969) e Morrer em Portugal (1976), narrativas sobre várias regiões do país, tendo regressado ao romance em 1979 com Outro Tempo Outra Cidade, a que se seguiu, seis anos mais tarde, em 1985, Vida e Morte dos Santiagos, que venceu o Prémio de Ficção do Pen Clube e o Prémio Literário do Município de Lisboa.
Em 2002 lançou Atravessando o Deserto e, no ano seguinte, viu sair uma reedição de A Noite da Vergonha, para assinalar os 40 anos da sua vida literária. Um novo romance, O Reino Encantado, chegou em 2005, ano em que foi reeditada Vida e Morte dos Santiagos, assinalando as duas décadas da publicação original da obra.
Faleceu a 16 de Junho de 2006, vítima de doença súbita. Tinha 70 anos.