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Teresa foi nadar no mar azul de Mangaratiba e já não voltou. Para trás, deixou um pequeno apartamento, um romance por terminar, alguns livros na estante e um vazio absurdo no peito do homem com quem vivia há oito meses. O seu corpo não foi encontrado, mas, preso por uma íman ao frigorífico da casa da praia, ficou um poema de Manuel Bandeira: “Nas ondas da praia, nas do mar, quero ser feliz, quero me afogar.” Que fazer agora, sem Teresa? Como matar o tédio e dar sentido às horas que demoram a passar? Numa tentativa desesperada de compreender a fatalidade o namorado resolve mergulhar no universo da escritora – nas suas coisas e nas suas palavras – e dele se alimenta para escrever, intercalando as memórias com o sofrimento causado pela perda. À medida que o seu relato avança, comovente e lírico, as certezas sobre as circunstâncias da morte de Teresa vão-se, afinal, desfazendo.