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UM DIA SÃO DIAS. *** Marta de Lima *** Porto: Editorial Inova Limitada, 1969. Colecção Metamorfoses – 1 [na lombada: 2]. (19,5 x 13,5 cm.) com 177 + [11] pp. Capa flexível, com badanas. Exemplar razoável. Capa com marcas de manuseamento, pequenas perdas de cor em alguns pontos, vincos ligeiros e um pouco gasta nas margens e na lombada, que apresenta também vincos de abertura. Apesar de acusar algum envelhecimento, de um modo geral, está ainda muito apresentável. Páginas globalmente bem conservadas e limpas, embora apresentem um tom amarelecido e algumas pequenas manchas (pouco frequentes). As primeiras e as últimas encontram-se particularmente escurecidas, certamente devido ao contacto com a parte de dentro da capa. *** Primeira edição deste romance distinguido (ex aequo com «Os Três Seios de Novélia», de Manuel da Silva Ramos) com o Prémio de Novelística Almeida Garrett de 1968, instituído pela Editorial Inova, do Porto, e Portugália Editora, de Lisboa, tendo em vista especialmente participar por este modo nas celebrações dos mil e cem anos da reconquista da cidade do Porto. Sobre esta obra, pode ler-se numa das badanas: «Um Dia São Dias é um romance de experiência e aprendizagem (...). Na sua perfeita montagem «flash-back», há uma verdade flagrante que se nos agarra à sensibilidade, que é a das metamorfoses íntimas da protagonista, essas metamorfoses de que só nas últimas páginas ela própria se dá conta completa, quando o acaso lhe faz justapor e contrapor três figuras que evocam como que os três sucessivos rostos da sua própria vida: o irmão, o primeiro marido e o segundo. Quando chegamos ao fim da leitura, está perante nós bem erguida a personalidade de uma típica mulher portuguesa da classe média. E o que lhe dá vida é o sentirmos a dinâmica da sua integração. São camadas sobrepostas de uma experiência provinciana, pequeno-burguesa rural; de uma outra experiência, já mais ampla, de rapariga formada, casada, viajada; e, finalmente, de um trato directo com os meios da alta burguesia cosmopolita. Estas sucessivas camadas, comprimem-se, resistem entre si, mas interpenetram-se apesar de tudo, deformam-se e como que se alteram física ou quimicamente, numa espécie de geologia psíquica de que o leitor sente, pouco a pouco, definirem-se as linhas de força dominantes.» Marta de Lima, pseudónimo de Zulmira Pires de Lima Castilho, esposa do embaixador e também escritor Guilherme de Castilho, foi uma das escritoras portuguesas que, na segunda metade do século XX, trouxeram para o primeiro plano da literatura portuguesa narrativas que abordavam o universo feminino, expondo as ansiedades, as limitações e aspirações das mulheres portuguesas. *** Portes: envio gratuito em correio normal (tarifa especial para livros) * envio em correio registado: 1,70