Escrava

Mende Nazer foi raptada quando tinha doze anos para ser vendida como escrava. Em 1994, numa noite de Primavera, os mujahidin atacaram e queimaram a sua aldeia nas montanhas Nuba do Sudão. Não mais voltou a ver a sua família e ainda hoje não sabe se foi morta ou conseguiu escapar. Depois de anos como escrava no Sudão, foi traficada para a Europa e, em seguida, para a casa londrina de um diplomata sudanês e da sua família. Conseguiu fugir, mas ameaçaram deportá-la para o Sudão, uma vez que o Governo se recusava a aceitar a escravatura como motivo para o pedido de asilo. Depois de recorrer, concederam-lhe o estatuto de refugiada e Mende decidiu publicar a sua história, a fim de trazer a escravatura moderna à atenção do público.

Escrava é uma narrativa chocante, feita na primeira pessoa, uma incursão no comércio de escravos dos tempos modernos. É também uma memória fascinante de uma infância africana e um comovente testemunho do espírito indómito de uma rapariga face à adversidade e ai despedaçar dos sonhos.