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Rugas conta a história de Emilio, um antigo bancário de 72 anos, que quando começa a demonstrar os primeiros sinais de Ahlzeimer, começa a confundir a casa com a sucursal do banco onde trabalhou e a sua família com os clientes. Estes vêm-se na necessidade de o colocar num lar de idosos. Ali faz amizade com outros residentes, cada um com o seu passado e história que parece já não interessar a ninguém. Miguel um dos residentes é quem lhe dá a conhecer o lar, solteiro, sem filhos não se preocupa que ninguém o visite para não cair na deceção dos restantes idosos.
Através da rotina do lar, é-nos dado a conhecer os outros personagens. Roca decide escrever Rugas, porque um dia ao desenhar um casal de idosos num anúncio publicitário, a agência que tinha pedido o trabalho lhe pede que os elimine porque os considerava antiestéticos. Explicaram-lhe que ninguém quer ver velhos. É então que o autor se dá conta de uma tremenda verdade: se a publicidade, que é o reflexo da sociedade vira as costas à velhice é porque o resto da sociedade também o faz.
Para se vingar faz uma novela gráfica repleta de anciãos. Assim nasce Rugas, que em 2008 recebeu o Prémio Nacional do Comic e o Gran Guinigi Festival Lucca, em 2012 o Excellence Award Japan Media Art Festival e em 2018 foi Nomeada Melhor Edição Internacional Eisner Awards, entre outros.
Jiro Taniguchi refere-se deste modo à obra de Paco Roca. «Fiquei surpreendido com Paco Roca pela valentia e a sua técnica para abordar temas difíceis como a demência senil e a vida nos lares. Rugas é uma grande obra que se manifesta no poder que a arte do comic tem».
Lido apenas uma vez.
Livro no original espanhol, mas lê-se muito bem.