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Quis escrever este livro, pois o Japão foi a minha experiência pessoal e profissional mais intensa e diferente. Quis escrever muito do que fui descobrindo todos os dias. Primeiro, era para ser um arrumador de memória e uma partilha com amigos e conhecidos, e depois foram eles que me disseram que estes retratos podiam chegar mais longe e criar um maior interesse comum entre leitores portugueses e japoneses, sobre uma história que tem também muito em comum.
Quando o desafio de ir viver e trabalhar no Japão surgiu, o meu sogro João Ricardo (1945 -2013), disse-me no último jantar: «Não te esqueças de tomar nota e de escrever tudo aquilo que agora vais conhecer em profundidade, pois só assim ganhamos mundo.» É sobretudo por essa razão que está neste momento a ler este livro. Um livro que fala de um destino, em forma de pequenos retratos. Pequenos pedaços da cultura e do quotidiano japoneses, que me capturaram para sempre.
Para tornar esta obra mais colecionável e única optámos por, somente na primeira edição, o livro ter um acabamento manual, com uma lombada cosida à linha com costura à vista. Esta opção não só o torna mais bonito como permite uma abertura até 180 graus do livro, sem nunca o danificar. Para além do prazer estético, isso pode facilitar a sua leitura e a sua consulta quando, por exemplo, o transportamos em viagem.
«Não imagino que exista um só português que não se sinta atraído pelo Japão. É comum que suspiremos por Basho como por Kawabata, por Ozu ou Mizoguchi, pelo Pavilhão Dourado de Quioto ou pelo templo gigante de Nara. Suspiramos por sushi e pelo design ou pela arquitectura de rigor e elegância que o minimalismo japonês desenvolveu. (...) O livro de David Lopes é um manifesto dessa amorosidade maravilhada. Uma declaração que tanto serve para dizer aos portugueses acerca da maravilha do Japão, quanto serve para deixar aos japoneses uma centenária prova de admiração e amizade.»
Valter Hugo Mãe, do Prefácio