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Laila acorda na cama de um hospital de uma cidade sitiada. Está amnésica. Uma série de pessoas como ela, a quem lhes foi extorquida a memória autobiográfica, vão parar a esta cidade, com o intuito aparente de servirem de mão-de-obra num complexo fabril.
Presos e forçados a trabalhar nesta cidade onde a lei é administrada por autoridades anónimas, os habitantes tentam entender quem são e de onde vêm. Estarão a ser punidos por serem presos políticos ou por serem criminosos de delito comum? Ou terão sido seleccionados de forma arbitrária?
Ao partilharem recordações fragmentárias e, muitas vezes, perturbantes, procuram criar uma imagem da sociedade a que pertenceram e de onde foram retirados, entre a realidade e a imaginação, a paranoia e o desejo. Ao mesmo tempo, reinventam a própria identidade a partir das narrativas que contam a si mesmos e aos outros sobre quem terão sido e quem poderão ser agora.
Laila, como os outros, tenta recuperar as ruínas do seu passado. Poderão estas protegê-la de um abismo maior?
Como novo, sem nenhuma marca.