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Após o prolongado exílio na Sibéria, que viria a inspirar Cadernos da Casa Morta, Dostoiévski publicou, em 1861, o romance Humilhados e Ofendidos, onde expõe a desumanidade do seu tempo e do seu país, em que os ricos e poderosos escravizavam e humilhavam os mais pobres. É narrado, por um jovem autor, Vânia, que acaba de publicar o seu primeiro romance (uma alusão quase autobiográfica), embora continue a debater-se com grandes dificuldades de vida, e cuja compaixão e curiosidade acabam por fazê-lo envolver-se ainda nos dramas alheios. Traduzido directamente do russo, pelos consagrados Nina Guerra e Filipe Guerra, vencedores do Grande Prémio de tradução literária APT/Pen Clube Português. Fiódor Dostoiévski foi um dos grandes percursores, como Emily Brontë, da mais moderna forma de romance, exemplificada em Marcel Proust, James Joyce, Virginia Woolf, entre outros. Filho de um médico militar, aos 15 anos é enviado para a Escola Militar de Engenharia de S. Petersbugo. Aí, desperta-lhe a vocação literária ao entrar em contacto com escritores russos e com a obra de Byron, Victor Hugo e Shakespeare. A sua estreia na Literatura acontece em 1846 com a obra Gente Pobre. Foi condenado à morte em 1849, por implicação numa suspeita conjura revolucionária. A pena foi-lhe comutada para trabalhos forçados na Sibéria. Amnistiado em 1855, reassumiu a actividade literária e em 1866, com Crime e Castigo, marca a ruptura com os liberais e radicais a que tinha sido conotado.
Inclui sobrecapa plástica transparente.