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É o século XV que nos entra nos sentidos. O drama do rei de quem tudo e nada se disse não aparece desgarrado. Insere-se em antecedentes remotos. Os príncipes de Avis do primeiro ao último e seus comparsas.
A galeria dos Almadas e dos Senhores de Montemor-o-Velho, que nos impelem para lugares como Alfarrobeira e o panteon de S. Marcos. Os vultos isolados dos nomes mais sonantes da época em que os portugueses foram universais.
A acção ultrapassa fronteiras além Pirinéus. A Inglaterra, a Flandres e a Borgonha, a França do pérfido Luís a contracenar com o temerário Carlos e o inocente Afonso de Portugal. O Sacro Império do imperador Segismundo, Roma, Veneza e outros tantos lugares sem esquecer as plagas africanas e as terras por desvendar.
As personagens movem-se em cenários vivos, coloridos pela reconstituição de paisagens e costumes, pela etiqueta e pompa dos grandes cerimoniais.
Um belíssimo e apaixonante romance histórico onde, tal como em A Casa do Pó, o autor narra acontecimentos importantíssimos e desconhecidos da grande maioria dos portugueses com o mesmo rigor de datas e locais.
CRÍTICAS DE IMPRENSA
«… A Esmeralda Partida - o mais bem pensado romance histórico da nossa história literária, quer pelo desafio que dele exigiu a reconstituição do período conturbado que separa o reinado de D. João I do reinado de D. João II, quer pela desenvoltura, a vários títulos conseguida, nos planos estrutural, estético, moral e de enunciação…»
Jornal de Notícias
EXCERTOS
«Tu desceste com reduzida companhia pela porta que bota a Estremoz. Apesar do sol, pelas ruas o ar frio parecia ensopado de sementes doentias que te davam receio de respirares fundo como era do teu agrado. Mas daí a pouco em plena campina o respiro adelgaçava do passo que cavalgavas de manso pradaria fora. Alonga-se o olhar por essas breves ondulações amaciadas pelo pó dourado do sol. Nem povoação nem casa nem vivalma no silêncio da terra maninha. Branco voo levantam lentas cegonhas pernilongas...»